O amor não acaba, nós é que
mudamos…
Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são substituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades.
O amor costuma ser moldado à
nossa carência de envolvimento afectivo, porém essa carência não é estática,
ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos
aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se
mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos...
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas : o primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos ; o outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direcção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas : o primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos ; o outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direcção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar.
Não é o sentimento que se esgota,
somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou
esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa
ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para
o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos
definitivamente de casa…
- Martha Medeiros -
Um excelente texto de reflexão sobre as nossas relações com os outros... e sobre se somos realmente felizes e realizados com a nossa vida...
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